De manhã quando acordo
vejo o quanto transbordo
em todo o meu sentir.
Meu coração passivo
por que não dizer lascivo
mostra o que está por vir.
Amores torrenciais
em uma tarde a mais
como chuvas em mim.
Bocas com ardor
e olhos multicor
nas estórias sem fim.
Enfrento um amor...
um amor antigo
e rente ao perigo
me dou por inteiro,
a esse primeiro.
Enfrento um amor...
que fala em dinheiro...
e que me olha no fundo.
Então me entrego,
a esse segundo.
Enfrento um amor...
que é quase infantil,
e minha mão vil
escreve um roteiro
preciso e certeiro,
e então... me atiro,
a esse terceiro.
Os amores que enfrento
não irão me vencer
pois num dado momento
hão de me esquecer.
Os amores que enfrento
me servem de escudo
me servem de alento
a cada amanhacer... mudo.
(Publicado em 12/11/2006)
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Um comentário:
Que lindo poema!
Intensamente entregue... :)
Beijos.
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