quinta-feira, 27 de março de 2008

Poema de Fim de Verão

Quando eu sair outra vez

A voar em busca de um verão,

vou levar fragmentos dos dias

de risos, de sonhos e de querer.

Haverei de ir mais longe...

como a que buscar

uma lembrança...

ou a suplicar bonança

em forma de calor.

 

Minhas asas de cera e poesia,

abertas ao despencar do dia.

se recolherão, e...

como num abraço de irmão

me protegerão da saudade.

 

Nas rotas mais improváveis

rasgarei o azul anil,

e de encontro aos ventos

estarei a te guardar alí...

Na linha do horizonte

que me divide minha alma

em duas metades

tão desiguais

e tão sem você.



(Poema e Fotografia extraída do Projeto "O Monóculo" de Robson Bolsono e Anderson Julio Lobone -  http://omonoculo.blogspot.com )

Humor e Incorreção Política

Estes dias recebi um convite para visitar o BLOG DO IMORAL.
Ao entrar no endereço me deparei com postagens despudoradas e com um humor
que me lembrou os primórdios do Jornal Planeta Diário, o célebre folhetim que originou o "Casseta e Planeta"...
Um bando de loucos desocupados à serviço da pertubação alheia!

 Vale a pena conferir!

http://blogdoimoral.blogspot.com
 

As Mãos

Não quero te ver sem saída.
Não quero ver tua palidez.
Não quero ser a tua ferida.
Nem sentir passar a vez.

Conheço tua dor aqui
na palma da mão,
no frio do chão
e nas entranhas do medo.

Teu sorriso em compasso...
Tua vida saindo do laço...
Tua alma liberta do tempo...
O teu canto solto no vento...

Abre os braços agora...
Cante a canção perdida...
Me abrace noite afora
na pele adormecida...

Te dou minhas mãos
Moldadas em poesia...
Aquecidas pelo tempo
E guardadas na magia.

terça-feira, 25 de março de 2008

Quem ficou em mim...
























Não haveria razão para escrever se não houvesse a memória. Os resquícios das lembranças são como um combustível indispensável para aqueles que como eu, fazem do ofício de escrever uma ponte para a felicidade ou até mesmo, uma cachaça.
Por conta disto, estes dias debrucei-me sobre a janela de minha alma e perguntei-me: que memórias ainda residem neste coração de poeta?
Imediatamente lembrei-me de personagens distantes, perdidos na névoa do tempo e também de rostos que recentemente tomaram conta de meus pensamentos e que assim tornaram brisas, todos os ventos que atravessei.

**************

Nos anos oitenta, durante a apresentação do cantor britânico Sting em pleno maracanã, conheci um cara chamado Trevor. O cara em questão era um compatriota do então ex-líder do The Police, banda de rock seminal para o som que nasceria na década seguinte.
Por mais que meu inglês não fosse à época um bom caminho a ser trilhado por quem desejasse se comunicar, acabei passando quase todo o concerto “conversando” com Trevor.
Entre um hit e outro de Mr Sting, ele me dizia:
- Hey “Andersen”, isto é música! Isto é alma! – repetia batendo no peito.
- Se você pode sentir isso você é verdadeiramente humano – disse-me.
Achei engraçado como um inglês, à quem normalmente imputamos a imagem da frieza, se deliciava tão intensamente com cada acorde de Sting.
Num determinado momento do show, Trevor me olhou e disparou:
- Hey “Andersen”, o que você é de verdade “bem lá no fundo” de sua alma?
- Bicho, acho que eu sou poeta – murmurei em português.
- O que você disse Andersen? – perguntou fazendo careta.
- I’m just a poet Trevor… just a poet! – repeti com o olhar vagando no céu.
Por uns instantes,Trevor me olhou quieto. Ao fim da bela canção “Seven Days”, ele me disse:
- Então você é um deles Andersen!
- “Deles” quem seu maluco? – retruquei.
- Você é um anjo. Poetas são anjos. E os anjos poetas escrevem coisas para nos anestesiar das dores da vida. – respondeu com um ar sério.
A poesia das palavras de Trevor, me tocou profundamente. Fiquei o resto do show calado e emocionado.
Enquanto Sting se despedia do público, Trevor se despedia de mim com uma frase que, de alguma maneira faz com que ele esteja aqui até hoje:
- Hey Andersen, a poesia é o carinho dos anjos. Leve seu carinho ao mundo.

***************

Certa vez em Salvador, eu procurava uma sandália de couro para presentear uma amiga. Em meio a acarajés e patuás, andava tranquilamente pelo Mercado Modelo quando fui abordado por uma senhora de cabelos brancos e muito risonha.
Ela segurou na minha mão e mirou dentro dos meus olhos:
- Você não é o poeta? - perguntou.
- Sim, mas eu tenho quase certeza de que não sou o poeta que a senhora está procurando, pois sou um poeta absolutamente desconhecido – respondi.
- Seu bobo! Saiba que eu li muitas coisas ao seu respeito – insistiu.
- É? E onde a senhora leu? – perguntei entre o riso e o deboche.
Senti que ela começou a não gostar de minhas respostas, pois imediatamente soltou minha mão.
- Olha aqui Francisco, eu sei que poeta é um povo meio estranho, mas não é porque eu acho seus poemas porretas que você vai pensar que vai me enganar ta? – vociferou.
- Olha só eu não me chamo Francisco. Meu nome é Anderson e eu não sou o poeta famoso que a senhora esta pensando! – respondi já meio penalizado.
- Humm... – resmungou desconfiada.
- Você sabe quem é seu pai? - perguntou mudando de assunto.
Achei estranha a pergunta mas, como não queria mais contraria-la resolvi contar que meu pai havia falecido a muito tempo e se chamava Alípio.
- Meu rei eu tô perguntando de “pai de cabeça” – explicou.
- Olha só eu não entendo muito dessas coisas de umbanda ou candomblé, mas um dia me disseram que era Ogum – respondi com receio de falar besteira.
- Ahhh. Ogum! Sua mãe deve ser Iemanjá e por conta disso a sua poesia vai cortar como o aço e envolver como as águas - emendou.
Agradeci a explicação daquela mulher falante e risonha, mas lhe disse que precisava ir, pois eu ainda tinha que comprar o presente de minha amiga e estava muito confuso com aquela conversa toda.
- Olha só meu filho, põe uma coisa na sua cabeça. Você vai fazer mil coisas, e querer ser muita coisa. Mas a única coisa que você nunca vai conseguir deixar de ser, é ser poeta. E você vai lembrar dessa velha Mariana te dizendo isso sob as bênçãos de Nosso Senhor do Bonfim – gritou.
E não é que eu não esqueci mesmo?
Saravá velha Mariana!

*************

Era inverno na praia da Joaquina em Florianópolis.
Estava ali em um passeio inesperado, mas tentando relaxar em meio às tempestades que pipocavam em minha vida no início de 2003.
Cheio de casacos e com uma caipirinha na mão direita, eu olhava meu filho, então com pouco mais de dois anos a correr pelas areias ao lado da mãe.
Envolvido pelos sons das ondas quebrando, quase não escutei a voz do menino que apareceu do nada.
- O senhor está triste? – perguntou-me com um sorriso no meio da face alva.
- O que você faz sozinho aqui menino? Onde estão seus pais? – perguntei mal educadamente sem responder a sua pergunta inicial.
- Estão ali! – respondeu apontando para uma mesa ocupada por pessoas que falavam alto e gesticulavam muito.
- Mas me responde, o senhor está triste? – insistiu.
- Não, eu estou muito feliz – menti.
- Não é o que parece, sabe tio? – disse aquele menino sem piedade.
Imediatamente lancei meu olhar para o meu filho que rolava na areia com sua mãe em gargalhadas gostosas como uma manhã de setembro.
- Tio, o que o senhor faz da vida? – perguntou o pestinha.
- Tenho uma empresa de computadores – respondi entediado.
- Meu pai é médico e minha mãe é professora – contou-me.
Olhei para aquele menino e fiquei a me perguntar porque diabos ele estava ali a interromper as minhas lamúrias naquela manhã.
- E você, o que vai ser quando crescer? – perguntei.
- Ah tio, eu vou ser um escritor - respondeu com o mais lindo sorriso que eu já havia visto até então.
Aquela resposta caiu como uma bomba de “zilhões de megatons” na minha cabeça. A vontade de me atirar no mar foi tão grande que eu resolvi pedir outra caipirinha.
- E porque você quer ser escritor, em vez de ser um empresário ou um médico como o seu pai? – questionei, devolvendo a explosão covardemente.
- Porque eu preciso ser feliz quando eu crescer entendeu tio? – devolveu ele sem piedade.
- Sabe que eu antigamente escrevia muitos poemas? – disse já me rendendo.
- E não escreve mais? – perguntou cruel.
- Não – respondi amargo.
- Ah tá, agora entendi! – disse com um ar de severidade.
- Entendeu o que? – perguntei.
- Porque o senhor está triste – disparou, como que num tiro de misericórdia antes de sumir por entre as mesas.

***********

Fim de 2007. Um amigo do peito decide se casar e me convida para ser o padrinho. Quanta honra!
Mesmo em meio à correria do lançamento do meu livro, pego um vôo até Goiânia, onde será realizada a cerimônia.
- Estou impressionado com a beleza das mulheres daqui – disse ao noivo.
- É por isso que eu me caso amanhã – respondeu meu amigo bem humorado.
A cerimônia religiosa transcorre de maneira rápida e emocionante.
Em seguida os noivos recebem os convidados num belíssimo clube da cidade, onde um farto buffet e garrafas de whisky nos aguardam.
Algumas doses de escocês legítimo depois, uma amiga me chama para dançar, e durante alguns minutos tive a impressão que a queda era algo inevitável.
Mas foi dali da pista de dança que meus olhos se depositaram na mais linda das paisagens daquela festa. Uma mulher deslumbrante dançava com suas amigas no meio do salão.
Sua morenice deslizava por dentro de seu vestido escuro, e seus cabelos negros e lisos bailavam para o deleite e desbunde do meu poetar.
Nesse momento tive a certeza de que eu ouvi “um estranho sinal de ocupado” pois não conseguia mais raciocinar.
Retornei à minha mesa e comentei com um outro amigo:
- Bicho, o que é aquilo? – perguntei trôpego.
- Realmente ela é linda – ele disse.
- Linda é minha mãe, ela não é dessa dimensão – comentei extasiado.
Em poucos segundos eu já estava inconvenientemente puxando a noiva pelo braço e perguntando quem era aquela pequena obra divinal.
- Ah é minha prima. O nome dela é Thy – respondeu achando graça.
Thy. Ela ainda tinha quer ter um nome desses?
Meu amigo ao ver minha fisionomia inebriada, não perdeu tempo:
- Faça um poema para ela, quem sabe você não a conquista? – alfinetou.
- Faça o seguinte, publique no diário oficial que todos os meus poemas agora são dela, inclusive os que eu ainda farei – devolvi, ainda em meio ao êxtase.
Como por encanto ela já estava dançando perto de mim e ao alcance daquele meu olhar quase senil.
A cada movimento de suas mãos ou a cada reluzir de seu sorriso eu transbordava em versos e orava para não esquece-los antes da festa terminar.
Mas a folia tomou conta da festa e eu, qual Arlequim, buscava sem sucesso aquela “divina colombina” do planalto central.
Obviamente retornei ao Rio de Janeiro sem conseguir falar com Thy, e lhe dizer os versos que compus e perdi em meio a marchinhas carnavalescas e doses de scoth.
Mas como a sorte não abandona os loucos, amantes e poetas, eis que em poucos dias eu já fazia contato através do computador, com aquela que batizei nos meus sonhos de “Quase Musa”.
Sim “Quase Musa” porque desde que a encontrei não a tirei do pensamento um só instante, mas não consegui mostrar uma só linha do que compus e esqueci naquela noite em Goiânia.
Ah essa coisa de ser poeta faz com que a gente possa tudo. Absolutamente tudo! Até mesmo ter uma quase musa, que nunca ganhou um verso, que nunca olhou com seus olhos de menina nos olhos desse poeta quarentão, e que nem sabe do que anda no meu peito em forma de verso e prosa.
Minha “quase musa” quando me vê nesse mundo virtual costuma anunciar sua chegada com um doce e cativante “oiêêê”...
Minha “quase musa” adora quando eu a chamo assim...
Mas minha “quase musa” ainda não sabe que ela já é Musa.
Minha “quase musa” é linda. E agora é uma advogada que tem planos de logo vir ao Rio de Janeiro.
Quem sabe assim ela não redige logo aquele documento que vai tornar minha poesia e minha inspiração como de sua propriedade para sempre?

************

Trevor sumiu pelo mundo, e não sei dizer se está entre os anjos.
Velha Mariana já deve estar num mundo melhor que o nosso.
O menino da Joaquina deve ter crescido e viver feliz por ai.
Todos de alguma forma, ficaram em mim...
E Thy? Bom... ela ainda vai chegar, mas tomara que fique para sempre!

Outra vez

Quando meu olhar se derrama
por sobre o jardim,
é a mais pura denúncia
de que eu,
ao me defender
busco outros horizontes.

Me salve...me salve,
pois ao fugir do viés da solidão
Eu semeio saídas...
Eu permeio feridas...
Eu me jogo no além!

Então,
Me ameace... me lace...
Não se sinta imune...
Não me deixe impune...
porque a cada manhã que brota,
eu me desfaleço do que fui
e renasço na dúvida
inquietante e muda,
do que desconheçoem mim.

Outra vez,
não me domino.
Outra vez...
Parece incrível,
não sou tangível
nem mensurável
E morro a cada vez
que percebo
que já não caibo em mim.

Vida

Depois dos traços de nanquim
e dos meus dedos no marfim ...
Depois dos laços da manhã
e do teu rastro em meu afã...

Eis essa tarde em prosa
a dourar o teu olhar
que agora ressurge
das manhãs do tempo,
e me leva de volta
ao lugar de direito
nesse mundo
tão vazio de nós dois.

Então,
o riso nunca esquecido
Te vê, te abraça e te salva
em um momento tecido
Como que em frescor de malva.

A última porta aberta
dessa vida redescoberta
que agora cobre o chão
de poesia, sonho e canção.

Ah vida...que arde...
De volta ao começo
qual tardes em gesso.
Ah vida...que arde...
Que para no meio
qual toque no seio.

Vida bruma leve...
Vida então desnudada...
Vida então me leve...
Vida, vida... mais nada!

Um amigo chamado Perseu!




















Durante dez anos vivi no litoral do Paraná, e lá tive um doce amigo chamado de "Perseu".
Com um jeito "desmilinguido" ele bateu na porta da minha vida em uma noite chuvosa e fria, envolto numa perigosa receita de cimento e água.
Com os olhos grudados de poeira e maresia, ele era pele e osso.
Um protótipo perfeito de algo que havia escapado do rigoroso controle de qualidade da esmerada mãe natureza.
Minha companheira na época era mais adepta da companhia de dóceis cãezinhos, mas eu particularmente, sempre gostei mais daquele jeito independente e esnobe dos gatos, muito embora aquele bichano mal acabado não apresentasse nenhuma referência da peculiar elegância felina.
Ainda assim, achei melhor ele passar uma noite ao menos no nosso cafofo, afinal, deixar-lo na chuva seria uma crueldade, e pela manhã, eu o convidaria a ronronar em outras praias.
Mas qual não foi minha surpresa ao perceber que até mesmo "Schumycky" o nosso cão e "dublê de salsicha", havia recebido o bichano com uma espantosa euforia.
- Ora bolas, esse cachorro nunca foi exemplo de bom senso mesmo - pensei comigo antes de dormir.
Na manhã seguinte ao acordar, deparei-me com uma cena insólita:"Schumycky" deitado no quintal com o gato dormindo sob suas patas.Ambos felizes da vida, como se fossem velhos amigos.
- Mas como pode isso? - perguntei-me com o meu habitual mau humor matinal.
Resolvi ignorar aquela cena comovente e sai de casa com o bichano nas mãos, afim de deixa-lo em lugar mais adequado, como uma casa de amparo a gatos feios, estranhos e de comportamento duvidoso.
Mas antes de entrar no carro, ouvi "Schumycky" chorando no quintal.
Olhei para o gato, e não resisti:
- Está bem coisa feia, você fica! - resmunguei.
Com o passar dos dias aquele monte de pele e osso se demonstrou uma grande companhia.
Resolvemos batiza-lo de "Perseu". Isso mesmo "Perseu" sem "s".
Acho que na verdade , escolhemos esse nome porque "Schumycky" sempre levou o maior jeito para "Andrômeda".
Um amigo chegava a dizer:
- Essa cachorro de vocês é meio "fora de freqüência". (!?)
Depois, pensei até em mudar o nome do gato, mas... E se os deuses do olimpo não gostassem?Para a surpresa de todos, Perseu cresceu e se tornou um belíssimo gato!
Talvez "Zeus" tenha dado "uma forçinha" .
Com seus pelos de tom amarelo-dourado ele andava pela casa com aquele "ar blasé" próprio dos filhos do panteão sagrado.
Tudo bem que por vezes, ele impiedosamente esbofeteava "Schumycky" pelo simples fato de estar estressado, ou talvez por não gostar do novo sabor de sua ração.
Pobre "Schumycky"!
Ele não entendia que "Perseu" ao montar em suas costas, bradava na língua dos gatos:
- Ande Pégassus... voe seu idiota!
Diante de "Perseu" ele ficava maravilhado. Parecia petrificado, como se houvesse olhado nos olhos de Medusa.
Tempos depois, estive as voltas com problemas de saúde que me obrigavam a ficar em casa de repouso.
Naqueles dias eu observava a malemolência burguesa daquele gato.
Arrogante como poucos, ele não trocava mais do que dois "miaus" comigo durante uma tarde inteira, mas aos poucos, percebi a sua disposição de permanecer ao meu lado.
Mas daquele jeito: absolutamente"na dele".
E assim, por longo tempo, "Perseu" manteve-se conosco: Ignorando as visitas, surrando "Schumycky", rasgando minhas meias e implicando com os vasos de plantas.
Com a gravidez de minha companheira, resolvemos que "Schumycky" e "Perseu" deveriam nos deixar, e os entregamos aos cuidados de alguns amigos.
Infelizmente, pouco tempo depois soubemos que os dois vieram a falecer, mas não sei bem se foi por doença ou por saudade.
Anos mais tarde, já de volta ao Rio de Janeiro e à vida de solteiro, lembrei-me de "Perseu" e da sua infalível, providencial e excentrica companhia.
Perguntei-me: Será que existe um"céu" para onde vão os bichos?
Fiquei a torcer para que a resposta fosse positiva.
Assim, pelo menos eu teria a certeza de que meu velho e querido amigo "Perseu" estaria lá em cima, andando empinado por sobre as nuvens de algodão e ignorando os outros bichos...
Ah sim... é claro, e esbofeteando o "Schumycky" .
Pobre "Schumycky"!


(Na foto acima, um flagrante de Perseu em um dos seus estranhos hábitos: esconder-se no alto da chaminé do vizinho em dias de chuva) - Foto: Acervo Pessoal / 2000)

Projeto "O Monóculo"


















Está no ar desde janeiro um projeto muito especial para mim.
Este projeto chamado "O Monóculo" pretende reunir poesia e fotografia,
e tive a honra de ser convidado juntamente com o amigo e fotógrafo Robson Bolsoni
para espalharmos nossas loucuras escritas e clicadas por estas bandas virtuais.
Sem uma regra definida, seguimos por dois caminhos: Ou faço um texto e ele produz uma foto sobre isso, ou me debruço sobre uma de suas imagens "retratando-a" com meus rabiscos!
A experiência tem nos gerado muita satisfação e a receptividade tem sido impressionante.
Para conferir é só clicar no endereço abaixo:
Beijo e Queijo!