segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Artigo: " 3.0: Reflexões sobre a Web Semântica "

           O usuário comum ainda não conseguiu digerir o que é essa tal de Internet 2.0.

A compreensão da rede nos padrões atuais, centrada na indexação e focada em mecanismos de busca, sites de colaboração e de relacionamento social, ainda é algo distante para a maioria dos mortais.

            Todavia uma nova revolução vem sendo desenhada nos últimos dois anos. Esse novo capítulo do universo interligado é identificado como a Web Semântica, ou para outros, Web 3.0.

            Tendo a indexação como uma realidade irreversível, a Web Semântica pretende atribuir e perceber "sentidos" aos conteúdos lançados na rede mundial, de maneira que estes sejam tangíveis tanto para computadores quanto para seres humanos.

            Esta nova realidade foi assim denominada pela primeira vez pelo jornalista norte-americano John Markoff, em um artigo publicado no New York Times. Ele identificava a primeira geração da internet (1.0) como o período da própria implantação e disseminação da rede.O período atual, marcado por marcas como Google, Orkut, YouTube e Wikipedia, é o denominado como a era da Web 2.0. Segundo Markoff, a Web 3.0 estará dirigida muito mais às estruturas de sites e blogs do que aos usuários em si.

            Ainda segundo ele, o termo World Wide Web (www = Rede Mundial) deixaria de existir, sendo substituído pelo termo World Wide Database (base de dados mundial). Isso quer dizer, um universo de dados em vez de um universo de documentos como é hoje.

            Para o especialista em Web, Fábio Caruso, a partir dos bilhões de documentos que formam a World Wide Web e dos links que os ligam, os gênios computação buscarão novas formas de mineração de inteligência humana:

- A meta deles será adicionar uma camada de significado sobre a internet existente, o que a tornaria menos um catálogo e mais um guia – afirma.

             Um olhar mais atento nos permite dizer que a Web semântica poderá mudar totalmente a forma como buscadores como o Google funcionam atualmente. Em breve eles poderão dar respostas, como se fosse um bom amigo e conselheiro, respondendo perguntas de maneira muito eficiente e analisando dados. Terão capacidade dedutiva e até intuitiva,

            As pesquisas e o desenvolvimento dos produtos/programas estão no seu período gestacional, mas todo esse processo – baseado na idéia de Tim Berners-Lee, pai do HTML e da WWW – deve estar "palpável" em cerca de pouco mais de cinco anos.

            Organizar e usufruir de maneira inteligente de todo o conteúdo disponível na internet, é o principal foco dessa próxima revolução, que quer evitar que em poucos anos esse oceano de informações se tornem uma bagunça sem solução.

            No Brasil, uma empresa chamada Cortex Intelligence, já desenvolve uma tecnologia de Web 3.0, que se propõe a muito mais do que simplesmente compreender os textos que lê, mas também a descobrir associações complexas entre os diversos elementos de um texto e perceber o sentido que estes possuem enquanto conjunto.

            Será então que estaremos diante de indícios de uma verdadeira inteligência artificial?


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