quarta-feira, 14 de março de 2007

Na mesma calçada

Se o dia não nascer

é porque essa madrugada

é pouca para o sonho

de viver o que é nosso.

São anos perdidos

em outras bocas

e um futuro escolhido

em outros caminhos.

É a regra maldita

da nossa vida que imita

as dores do mundo

e o outro segundo

que vem sem você.

Se a vida reclama,

tua cama me chama,

e em tua seda pura

de gozo e ternura

tu se desnudas sem preço

como só eu conheço.

E depois,

da verdade gemida

voltamos ao “cover” da vida

que vivemos por nada,

numa pausa forçada

do olhar sem fim.

Mas cada brisa soprada

e cada canção tocada,

hão de nos deixar

essa certeza de estar

para sempre...

na mesma calçada.

(Publicado em 14/03/2007)

2 comentários:

Anônimo disse...

Boa tarde!

Não tenho nem palavras para me espressar, todavia amei poesia (até hoje o meu poeta preferido erá Michal Ângelo) pos ele expressa o Amor que ia em sua alma, porém, amei, amei, amei...

Parabéns

Tudo de bom,

Sucesso para ti.

Sandra Cassola

Palavras disse...

lindo!!!! só posso dizer isso!!!!...lindo...lindo...lindo!!!
tuas palavras sabem tocar lá no fundo da alma.....parabéns....

és um POETA!!!!

bjus.....kakau