domingo, 12 de novembro de 2006

Poema: Os Amores Que Enfrento (Anderson Julio)

De manhã quando acordo
vejo o quanto transbordo
em todo o meu sentir.

Meu coração passivo
por que não dizer lascivo
mostra o que está por vir.

Amores torrenciais
em uma tarde a mais
como chuvas em mim.

Bocas com ardor
e olhos multicor
nas estórias sem fim.

Enfrento um amor...
um amor antigo
e rente ao perigo
me dou por inteiro,
a esse primeiro.

Enfrento um amor...
que fala em dinheiro...
e que me olha no fundo.
Então me entrego,
a esse segundo.

Enfrento um amor...
que é quase infantil,
e minha mão vil
escreve um roteiro
preciso e certeiro,
e então... me atiro,
a esse terceiro.

Os amores que enfrento
não irão me vencer
pois num dado momento
hão de me esquecer.

Os amores que enfrento
me servem de escudo
me servem de alento
a cada amanhacer... mudo.


(Publicado em 12/11/2006)

Um comentário:

Anônimo disse...

Que lindo poema!

Intensamente entregue... :)

Beijos.