quinta-feira, 25 de maio de 2006

Poema: A Canção Era Tua (Anderson Lobone)

Meus olhos talvez
não estivessem prontos...
Minha cabeça tampouco...
E minha alma...
Bom minha alma quase se perdeu
quando te encontrei.
Não fui mais o mesmo desde então:
Mudez sem calma, nudez na alma,
e um frio estranho nas mãos.
Piano, violão,
e uma festa no outro salão.
Não lembro o que toquei
mas sei,
que a canção era tua,
que fiz pedidos à lua,
e que vi teus traços ali.
Teus olhos miravam
em outra direção,
mas sei que a minha canção,
tomou teu corpo de assalto.
E a cada salto do meu peito
eu olhava o teu jeito
de menina, de mulher,
mas sequer reparavas,
no que em mim nascia.
O outro dia,
e o outro, e o outro...
Olhando a janela,
te vejo na tela,
a chorar solidão...
Vida, contradição.
E assim... pelo sim, pelo não,
prefiro te ter como eu posso.
E esse mundo nosso,
testemunha ocular,
do meu peito a te amar,
num silêncio escondido.
E a cada verso gemido,
te desejo,
te quero,
mesmo assim distante,
e num acorde dissonante,
ainda canto para a lua,
minha vida tão longe da tua,
mas você aqui
dentro de mim.


Publicado em 22/05/2006

Um comentário:

Anônimo disse...

a festa ao lado ........me faz lembrar ...e relembrar fatos de uma noite em q a canção ñ era tua mais de todos nós perdidos em um metro quadrado e um piano de consolo ! bolsoni