quarta-feira, 24 de maio de 2006

Poema: Morrendo Aqui (Anderson Lobone)

Se essa noite eu disser não...
Perdoe minhas tolices...
Elas são tantas
Que lá pelas tantas
não terão mais importância...
São tolices de quem só se defende...
Me entende...
Estragar uma noite assim,
Logo eu... poeta de mim...
no calvário sem fim de ser sozinho
e no desalinho do que finjo ser.
Andando em círculos...
Traçando linhas...
Perdendo retas...
Morrendo aqui.
Perdoa meu sorriso vazio...
Me denuncio em cada um...
E não vivo em nenhum...
Porque definho a cada sol...
Contrariando o girassol...
e me mato a cada primavera
nessa espera...
inútil...
do amor que não voltará...
do beijo que não chegará...
e nesse compasso
que não termina.


Puclicado em 23/09/2005

Um comentário:

Anônimo disse...

"Poeta de mim" Perfeito, personagem de si mesmo! Abraços!