segunda-feira, 1 de maio de 2006

Poema: Permissão Para Enlouquecer (Anderson Julio)

E se eu mais uma vez não disser que te amo?
E se você outra vez achar que não te quero?
Como fazer para ser tão sincero?
Dizer o quanto te espero?
Ai não faz essa cara de que não acredita
num amor tão intenso e puro,
eu juro: a muito que ele é só teu!
As coisas que a tanto tempo
povoaram minha alma
e tiraram a minha calma
nada tinham de seu.
Sou eu que amei burramente
por tão silienciosamente
guardar em pranto abafado
o que deveria ser publicado
e talvez até gritado
pelas ruas,
cidades e oceanos.
Desenganos...
Tantos foram ao longo do tempo
que quando penso,
me atormento
em lembrar o quanto me calei, eu sei.
Mas agora não mais,
nunca mais,
pois está tudo dito,
e o infinito
só pode me dizer que o que sinto
é o nectar de ser feliz com você,
ou um imenso conflito,
e uma permissão para enlouquecer.


Publicado em 13/02/2006

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